quarta-feira, 29 de abril de 2009

Refletindo sobre o preconceito

Lendo e refletindo sobre os relatos feitos no fórum sobre as questões étno-raciais, percebi o quanto o preconceito social, racial foi e ainda é algo históricamente forte e muitas vezes utilizado para demonstração de força, inteligência e poder. O preconceito existe de forma camuflada, mas felizmente, evoluimos muito e conforme artigo pesquisado na internet:
"Os trabalhos de geneticistas, antropólogos, sociólogos e outros cientistas do mundo inteiro derrubaram por terra toda e qualquer possibilidade de superioridade racial, e estes estudos culminaram com a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Embora existam esforços contra a prática do racismo, esta ainda é comum a muitos povos da Terra. Uma demonstração vergonhosa para o ser humano sobre o racismo ocorreu em pleno século XX, a partir de 1948 na África do Sul, quando o apartheid manteve a população africana sob o domínio de um povo de origem européia. Este regime político racista acabou quando por pressão mundial foram convocadas as primeiras eleições para um governo multirracial de transição, em abril de 1994." É realmente vergonhoso....Mas já tivemos muitas vitórias contra o preconceito:
#Negros e índios nas universidades;
#Mulheres ocupando muitos cargos que eram exclusivamente ocupados por homens;
#Garantia dos direitos a educação para todos independente de classe social;
Entre outras.... E com certeza precisamos ir muito além, sonhar e buscar a cada momento uma sociedade mais justa e igualitária e isto só será possível através da educação.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Eu e os outros

Após, a primeira aula presencial e as leituras e atividades realizadas, percebi o quanto é difícil, trabalhar a nossa ancestralidade, nos identificar através das nossas origens e o quanto isso é importante. Depois de ler o texto, de Daniel Manducuru, confirmei a importância e a grandeza de cada ser humano, que com suas diferenças de características físicas: cor da pele. do cabelo, formato do rosto, cor do olho e outras mais e também diferenças culturais demosntradas através das suas crenças, hábitos, usos e costumes em função do seu pertencimento étnico.
Observar-me no espelho trouxe alguns sentimentos em relação a mim e a minha família que muitas vezes prefiro camuflar. quando somos crianças não sabemos lidar com algumas situações de discrinação por exemplo, deixa marcas. Mas, tenho muito orgulho de meus ancestrais, pois, de origem negra, italiana e sempre muito batalhadores, trabalhadores em busca de uma vida digna para a família e apesar de, ser de origem humilde, sempre valorizaram e apostaram na educação como um meio de crescimento, espiritual, intelectual e material. E eles são os exemplos de força e determinação que tenho.
A foto abaixo é da minha família:

Eu, meu marido Juares, meus filhos Lucas e Natália.


“O importante é não estar aqui ou ali, mas SER. E ser é uma ciência feita de pequenas e
grandes observações do cotidiano dentro e fora da pessoa.
"
Carlos Drummond de Andrade

Mosaico étnico-racial

Esta foi uma atividade bastante interessante, tendo em vista o envolvimento das crianças e sua família na realização do trabalho. Iniciei o trabalho com a história:"Menina bonita do laço de fita"para os meus alunos, que são filhos de industriários, vindos na maioria de outras cidades e até mesmo outros estados: Santa Catarina e Paraná e estas muitas vezes não fazem questão de voltar/resgatar suas origens, tendo em vista que vieram numa época de "crise"em busca de melhores condições de vida e, apesar de, Nova Hartz ser de origem alemã, pela migração houve uma grande mistura de raças.
Através desta atividade foi possível perceber claramente, que algumas crianças tem algum preconceito em relação as diferentes etnias e isto é algo da cultura familiar, por isso, procuro trabalhar essas questões étnicas no decorrer de todo o ano e não apenas nos dias ou semanas dedicados ao negro e ao índio, buscando valorizar a etnia dos alunos pois, acredito que esta sensibilização para a valorização de todas as etnias na escola é um
passo muito importante para que alcancemos a igualdade e a justiça na sociedade em que vivemos e para que eles percebam a importância de todos na construção e evolução da cidade valorizando todas as etnias, não somente os de origem alemã.
Quando realizei esta atividade com meus alunos, tive como referência o texto: 'EM BUSCA DE UMA ANCESTRALIDADE BRASILEIRA" de Daniel Mundurucu. Pois, assim, como ele diz:"Nasci índio. Foi aos poucos, no entanto, que me aceitei índio. Relutei muitas vezes em aceitar esta condição. Tinha vergonha, pois ser estava aliado em uma série de chavões que cuspiam sobre mim: índio é atrasado, é sujo, preguiçoso, malandro, vadio", eu nunca falei isto, mas vivi e tive os mesmos sentimentos que ele durante toda a minha infância e nunca houve nenhuma atividade que valorizasse as etnias e em relação a isto percebo que em muitos momentos os meus alunos também se identificam com isto e nestes momentos procuro conversar, ouvi-los e incentivá-los a terem uma boa auto-imagem, a se aceitarem e se valorizarem com suas características e diferenças.
Abraços

Este foi o mosaico construído com meus alunos:


Discordando do antropólogo francês

Vou discordar do antropólogo francês, partindo do argumento de que ele utilizou sua cultura e concepções para fazer naquele momento o que julgava mais vantajoso para ele. Quando ele foi questionado sobre ser ele um mensageiro dos deuses, ele sabia da crença daquele povo e também da influência que teria ao responder, no entanto, não levou isto em consideração e mentiu, sem medir as consequências de seus atos, provavelmente para ficar em situação privilegiada.
Podemos concluir que, se ele tivesse a coragem de explicar a sua condição de ser humano sem nenhum endeusamento pela cor de sua pele e se colocasse como um ser semelhante a eles lhes faria um grande benefício e por isso, ele teria o respeito, a admiração daquele povo e estaria de bem com a sua consciência, sem culpa de causar males com a aproximação de outros brancos.
Pensamos que não deveríamos jamais agir como este antropólogo, mas ao contrário, defender aquilo que acreditamos com todas as nossas forças e pensar no bem estar das outras pessoas que merecem todo o nosso respeito. Também acreditamos que não estamos aí para"agradar"os outros mas para sermos justos e cumprir com a missão que temos diante da sociedade, é claro visando sempre o bem comum.
Também pensamos que mesmo que a nossa opinião provoque desconforto de algumas partes, se temos consciência de que este "algo" que defendemos é o melhor devemos ir em frente sem nos preocupar com a opinião dos outros, algo que o antropólogo não fez... Na verdade, o antropólogo não tinha clareza do bem que ele poderia fazer por aquele povo, ele queria apenas ficar "tranquilo”, numa posição "cômoda", mesmo que para isso, não acrescentasse nada de melhor à vida daquele povo, pois, para isto, ele teria que ajudá-los a reconstruir algumas"verdades" e isso exigiria dele disponibilidade, dedicação, desacomodação e decisão.
Esta foi a conclusão do texto argumentando contra o antropólogo francês, elabarado a partir das opiniões do nosso grupo e concluído por mim, por isso, estou utilizando-o, pois, retrata também a minha opinião e argumentos sobre a questão colocada pelo antropólogo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Considerações sobre a Aprendizagem

Na aula presencial de psicologia pude entender melhor como ocorre a aprendizagem a partir de uma interação significativa do aluno, através da explicação dos conceitos de assimilação onde o aluno assimila mas não internaliza e por isso, logo esquece o que pensamos que tenha acontecido aprendizagem mas que na verdade não aconteceu e da acomodação onde o sujeito assimila e posteriormente acomoda, internaliza a aprendizagem pelo processo de "acomodação" e aí sim, houve a aprendizagem.

Réplica da análise do Projeto de Aprendizagem

Que momento importante foi fazer a réplica da análise do Pa, eu e a colega Ivone, lemos as réplicas, debatemos e a partir disso, buscamos fazer uma síntese do que as colegas já haviam colocado e complementando com a nossa análise da mesma. Já estávamos concluindo no pbwiki e como num passe de mágicas tudo sumiu... Isso não foi interessante. No entanto, como já havíamos feito a primeira versão, retomamos desde o início a sua construção e desta vez concluída com sucesso: fizemos no word e apenas copiamos e colamos no pbwiki. Deste trabalho considero que aprender trabalhar em grupo é fundamental para a nossa vida pessoal, o nosso trabalho, o nosso curso, enfim, em todos os aspectos, sabendo valorizar e respeitar o outro, saber que é necessário que cada um faça a sua parte e da melhor maneira possível, saber aceitar a opinião do outro e ser humilde para aprender.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Construindo argumentos

Desde o inicio do curso, percebi que escrever, não é algo relativamente fácil mas que pode aos poucos ir se aprimorando e com o passar dos dias percebi também o quanto já evolui neste processo de escrita e o quanto ainda posso melhorar...Estamos tendo atividades para este aprimoramento desde o início do semestre, mas em especial quero destacar aqui os trabalhos de análise de argumentação que estão sendo realizados pela interdisciplina de filosofia. Estes me fizeram perceber como é possível a partir da entonação da voz ou da verbalização mudar o entendimento discordar ou concordar com algum assunto por exemplo. E, para explicar isto, vou utilizar uma frase que a tutora Celi utilizou para me ajudar a entender melhor isto:
Eu não disse que ele roubou o relógio.
Eu não disse que ele roubou o relógio?
E também, como é importante utilizar argumentos convincentes, para discordar, como fizemos na primeira etapa do fórum que esta em andamento sobre "o dilema do antropólogo francês" ou discordar e mesmo que muitas pessoas condenem certas atitudes se estivermos numa posição de defesa, construiremos argumentos capazes de comprovar que naquele momento era o melhor que ele tinha a fazer.....
Construção

Minhas Expectativas

Estou muito feliz com o início do semestre. Inicio relembrando os semestres anteriores, que estiveram sempre relacionados com questões do nosso dia-a-dia em sala de aula, com os trabalhos na escola, percebendo a importância de se realizar trabalho de equipe, conhecendo melhor a rede municipal, estadual, federal de ensino, a sua estrutura e funcionamento, algo que ao meu ver é fundamental para nós profissionais da educação. Encontrei muitas novidades e mudanças tecnológicas, laboratório novo com novos programas, muitos desafios apresentados pelas interdisciplinas, que também trazem temas muito pertinentes ao momento em que estamos vivendo na educação, como por exemplo, "inclusão que é algo que faz parte da nossa realidade e em alguns momentos nos angustia. Também os temas abordados pela psicologia que nos faz retomar o trabalho sobre ensino e aprendizagem realizadas em outros semestres e nos leva a fazer uma análise a partir de leituras significativas. Ainda, as questões étno-raciais que num primeiro momento nos fizeram resgatar as nossas próprias origens, ao trabalho que está em andamento em filosofia sobre argumentação, enfim, a análise realizada em seminário integrador. São atividades de muita interação com os temas, com colegas,professores, tutores e também muito desafiadoras e acredito que é isso que irá promover uma grande aprendizagem para todo o grupo.

Que todas nós tenhamos muita sucesso no decorrer deste semestre e de todo o curso...