terça-feira, 19 de maio de 2009

O aluno negro na escola

Desde o início dos trabalhos das questões étnicas me deparei com sentimentos pessoais camuflados em relação ao preconceito nas suas várias manifestações: raciais, sociais, de gênero, enfim, relacionadas as "diferenças" dos seres humanos e que com certeza para combater precisamos trazer a tona para que possa ser resolvido/superado. É uma questão muito difícil, mas que precisa ser debatida nas nossas escolas, pois, percebi que as crianças tem preconceitos em relação as diferentes etnias e isto é algo da cultura familiar, por isso, penso que devemos trabalhar essas questões étnicas no decorrer de todo o ano e não apenas nos dias ou semanas dedicados ao negro e ao índio, buscando valorizar a etnia dos alunos pois, acredito que esta sensibilização para a valorização de todas as etnias na escola é um passo muito importante para que alcancemos a igualdade e a justiça na sociedade em que vivemos.
Constatei também que esta questão étnica deve ser contemplada no Projeto Político Pedagógico no plano de estudos da escolas, para que aconteçam atividades que proporcionem momentos de reflexão e de valorização das culturas indígenas e negras e a partir disso, combater o preconceito.
Na verdade no município em que trabalho, ainda temos apenas a orientação verbal de se trabalhar esta diversidade cultural em função da criação de datas estabelecidas por lei. E, também esta questão não está presente apenas em meio aos alunos ou aos pais, mas também em meio aos professores e isso precisa ser trabalhado.
Na análise das entrevistas percebi que a influência positiva da família esta sendo decisiva para a uma auto-imagem também positiva, acreditando assim na sua capacidade de interagir e aprender como todos os outros.

De acordo com Marilene Leal Paré:"A Família,provedora de afeto"As Relações interpessoais libertadoras ou inibidoras do processo de aprender"

Constatei também as relações interpessoais com os professores na escola em que estudam, segundo relato dos entrevistados são libertadoras, motivando assim, o processo de ensino aprendizagem dos seus alunos e reforçando o trabalho dos pais e com estes aspectos favoráveis construir um projeto de vida digna, assumindo as suas responsabilidades diante da sociedade.

">span style="font-weight:bold;">É por isso, que precisamos parar de fazer vista grossa para a questão do preconceito nas escolas e tomar uma atitude e mudar esta situação de maneira consciente, engajando os pais, alunos, professores enfim, a comunidade escolar como um todo.

Deixo uma citação pertinente à reflexão:

“A educação não é um processo de adaptação do indivíduo à sociedade. O homem deve transformar a realidade [...]” (FREIRE, 1983 p.31), para que o trabalho com as questões sociais façam parte do nosso cotidiano em sala de aula. Ainda, segundo Freire “Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia”. (FREIRE, 1996 p.39,40).

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ações da escola contra o preconceito

Para entender o meu relato a seguir, coloquei o comentário feito pela tutora Simoni:

"Márcia, muito interessante essa tua reflexão, trazes um recorte de material da internet e, a partir dele, refletes sobre a questão do preconceito. Ao final da tua postagem, falas que uma sociedade mais justa e igualitária pode ser possível através da educação. Legal podermos pensar também em que ações concretas, promovidas pela escola, podem estar indo nessa direção. Abração, Sibicca"......
Refletindo sobre o "preconceito" percebo que estamos tendo algumas atitudes concretas para a construção desta sociedade mais justa e igualitária através da educação, quando trabalhamos as várias etnias e buscamos a valorização de todas não apenas em datas específicas, mas no decorrer de todo o ano letivo, salientando suas contribuições no desenvolvimento sócio-economico e cultural, trazendo a tona, quando trabalhamos a inclusão, a respeito as diferenças no nosso cotidiano, quando trabalhamos a valorização da mulher: mãe, trabalhadora, dona de casa, quando valorizamos o homem assumindo tarefas do cotidiano familiar, como um colaborador nas tarefas domésticas, assumindo uma postura de parceria e dando bons exemplos para os seus filhos, trazendo a família para refletir estas questões na escola, como, aconteceu sábado durante a homenagens às mães, durante palestra com uma professora e sociologa.