terça-feira, 29 de setembro de 2009

Educação e sua Construção Histórica

Realizando o trabalho em duplas, ficou ainda mais clara o que já havíamos estudado em outros momentos do curso, segundo Jackson P.W “O que realmente se aprende em sala de aula são habilidades relacionadas com a obediência e a submissão à autoridade, através de um processo abstrato de pura memorização.”
Parece que a cultura escolar e suas fragmentações tem a ver com a alfabetização funcional que procura desenvolver as habilidades de leitura e escrita, apenas para desempenhar determinada função no mercado de trabalho, que se relacionam com os processo de fragmentação de produção na sociedade naquele momento. Havia a separação entre trabalho intelectual e manual, ou seja, aqueles que pensam e decidem e aqueles que obedecem, como exemplo, a esteira transportadora criada por Henry Ford (fordismo), que reforçou ainda mais, as políticas de desqualificação através desta mecanização.

E a partir da década de 80, inicia-se o processo de globalização das economias e a maior participação da classe trabalhadora na concepção, programação e avaliação dos resultados de suas próprias tarefas, obrigando assim, as empresas a investirem na formação profissional especializada. Inicia-se um processo de valorização do trabalho em equipe em oposição ao trabalho individual dos modelos fordistas e tayloristas.

A educação continua sendo criada, reformulada para atender a determinados interesses políticos e este processo será permanente, por isso, precisamos nos engajar a uma proposta que democratize o sistema de ensino e busque soluções coletivas para as questões educacionais do município, estado e país. Penso não haver outro modo mais eficaz para transformar, melhorar a qualidade da educação no nosso país, todos os segmentos precisam estar engajados nesta luta e nós como professores precisamos acreditar e continuar nos qualificando para que possamos contribuir e acompanhar as mudanças necessárias...
Em construção....

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Processo de Alfabetização como Letramento

Sabemos que o problema do analfabetismo é a causa do empobrecimento, discriminação, e baixa qualidade de vida de milhares e milhares de pessoas. E a escola não está conseguindo transformar isto, está trabalhando sem levar em conta a realidade, não está conseguindo ser coerente com as vivências, interesses e necessidades em relação ao uso social da leitura e da escrita, a valorização dos conhecimentos prévios,diversidade cultural de cada região no trabalho do letramento.
Entendo que o letramento, vai muito além de aquisição de signos/códigos linguísticos (alfabéticos e numéricos) do qual, as escolas se encarregam de introduzir formalmente os sujeitos, processo que leva em conta apenas as habilidades individuais necessárias apenas para seu sucesso e promoção na escola.
A escola seria a agente oficial de letramento, mas como não está conseguindo desempenhar esta função com sucesso e perde o seu sentido, acaba contrastando com a família, a igreja, a rua como lugar de trabalho que mostram orientações de um letramento diferente, de acordo com as exigências e necessidades da vida dos sujeitos.
Penso que no momento em que as escolas, através de seus profissionais de educação trabalharem a partir da realidade deste conhecimento que o sujeito traz consigo, irá dar mais sentido ao processo ensino aprendizagem.

Resposta aos comentários de linguagem

Resposta ao comentário 1:
..." é preciso destacar que a pontualidade na postagem do trabalho é um dos requisitos de avaliação. Quando precisar de ajuda ou tiver alguma dúvida, é só escrever." E sei destes requisitos mas nem sempre é possível realizar a atividade em tempo, estive com meu filho doente duas vezes em menos de duas semanas, vim um dia para o pólo e não havia conexão com a internet e consegui me conectar apenas alguns minutos e neste pouco tempo não consegui realizar atividade, tentei abrir o texto no rooda para observar novamente a atividade e responder ao comentário e não abriu, não estou conseguindo me conectar com o rooda e assim, me preocupo mas irei fazendo o que é possível, buscando entender a temáticas que estão sendo abordadas.
Gostaria de mencionar aqui o fato de que também sei que somos alunos de um curso universitário de uma universidade muito bem conceituada e me sinto uma previlegiada por isso.
Este comentário me levou a pensar nos meus alunos, na necessidade de ter calma, promover atividades de acordo com a realidade e interesses e levar em conta o ritmo de cada um no processo de construção da aprendizagem, que aliás, considero o requisito mais relevante no processo de avaliação.
Penso que precisamos ser responsáveis e pontuais no cumprimento das etapas das atividades,mas não fazer com que isso se torne algo superficial, sem promover realmente aprendizagem nem deixar que isso prejudique a nossa avaliação.
Resposta ao comentário 2:
"No seu último parágrafo, você relata que a exclusão das diferenças individuais e socioculturais possivelmente repercutem na repetência e evasão escolar. A partir disso, proponho uma reflexão: Ao se levar em consideração a alfabetização e o letramento, como poderíamos planejar e desenvolver um projeto pedagógico que trabalhasse a fim de acolher essas diferenças que prejudicam e afastam nossos alunos da escola?"
Penso que para desenvolver um projeto político pedagógico que trabalhasse no sentido de acolher as diferenças que prejudicam e afastam os nossos alunos da escola seria necessário haver mais coerência com a realidade, as vivências do povo de cada região, a valorização maior dos conhecimentos prévios, das diferenças étnicas, dos diferentes ritmos de aprendizagens, estágios de desenvovimento, da construção do conhecimento através de interações significativas, de diálogo onde a família também esteja engajada e valorizada neste processo e perceba a importância da escola, necessário também que a avaliação seja vista como um processo permanente em relação a qualidade da aprendizagem e a necessidade de melhoria da prática do professor, da escola como um todo.

Observação: Respondi aos comentários no portfólio por não conseguir acesso ao rooda e contatos

Contribuições de Comenius para a pedagogia

Para refletir:
" Comenius foi o criador da Didática Moderna e um dos maiores educadores do século XVII; já no século 17, ele concebeu uma teoria humanista e espiritualista da formação do homem que resultou em propostas pedagógicas hoje consagradas ou tidas como muito avançadas. Entre essas idéias estavam : o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de aprendizagem, a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação e uma educação sem punição mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado. Comenius pregava ainda a necessidade da interdisciplinaridade, da afetividade do educador e de um ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico. Estão ainda entre as ações propostas pelo educador checo: coerência de propósitos educacionais entre família e escola, desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e moral."
Este fragmento acima foi retirado da internet :
contribuições de Comenius

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aula Presencial de Libras

Conheci na aula presencial a professora de libras, que confirmou a minha crença de que, as pessoas surdas(Todas as pessoas) que possuem uma boa estrutura familiar, incentivo, onde se acreditam na capacidade conseguem desenvolver uma boa autoestima e a autonomia para o convívio, qualificação profissional, luta por seus direitos, enfim, uma vida digna.
Mas sabemos também como foi colocado no texto de estudo da unidade 1, que existem muitos casos, em que as famílias superprotegem os surdos, eles se sentem incompreendidos, com baixa autoestima e assim, não conseguem desenvolver a autonomia.Mas penso que assim é a vida do ser humano, se acreditam ou se acreditamos nas nossas potencialidades, não haverá nenhuma barreira que nos detenha e lutaremos para a conquista de nossos ideais.
É delicado emitir uma opinião com tão pouco convívio ou conhecimento de pessoas surdas mas, penso que são pessoas com potencial é necessário o que falei acima, em relação a aspectos familiares que são a base da nossa vida.
Penso que um dos aspectos fundamentais para interagir com pessoas surdas, acredito seria ter um mínimo de conhecimento ou domínio da linguagem de sinais e da cultura surda.
Em construção......

Pojetos de Aprendizagens e Construção do Conhecimento

Debatendo teses para o desenvolvimento de PA esclareci dúvidas que, apesar de todos os trabalhos realizados, eu ainda tinha.
O desenvolvimento do PA promove uma interação muito significativa, onde todos ganham, além das aprendizagens acerca da questão de investigação, confirmação ou não das certezas provisórias e esclarescimento das certezas temporárias, o aprendizado das relações humanas,
Em construção......

Educação de Jovens e Adultos

Após leitura do texto sobre a educação de jovens e adultos confirmo a idéia de que a educação\"é uma faca de dois gumes\", pois pode ser utilizada para reproduzir o sistema repressor em que vivemos em nossa sociedade, através de uma alfabetização funcional, onde as pessoas aprendem apenas para desempenhar funções mecânicas, serem submissas aos seus superiores, passivas ou então, pode ser utilizada como nos mostra a alfabetização crítica freiriana, para resgatar esta história das relações sociais dominantes e desenvolver a consciência crítica, para que todos possam se sentir autônomos, capazes de lutar pela transformação da sociedade com mais justiça e igualdade para todos.
Na alfabetização como leitura da palavra e do mundo, Freire e Macedo nos dizem que a teoria e a prática devem andar juntas, de tal modo que estes podem ser analisados como \"uma questão de definição e aplicação\", e creio que esta reflexão, é valida para as várias teorias que são estudadas, pois enquanto não consigo perceber como estas ocorrem na prática, para mim elas não adquirem significado e preciso deste para me comprometer ou me interessar e ir em busca de novas aprendizagens.
Acredito que podemos/precisamos ter um olhar crítico sobre a realidade educacional como um todo e perceberemos nela muitas falhas, problemas, planejamentos e leis que ajudariam a melhorar a qualidade da educação se não fosse o fato de não estarem sendo cumpridas, mas precisamos também, acreditar e nos comprometer neste processo de melhorias e mudanças que aos poucos e com a nossa contribuição estão acontecendo não apenas no discurso.
Citação relevante:

"O resultado disso não só nos proporciona uma compreensão mais ampla do significado da alfabetização e da educação como forma de política cultural, como também demonstra a importância de se ter uma voz que fala com dignidade, incorpora a linguagem da crítica e emprega um discurso de esperança e possibilidade."

Alfabetização e a pedagogia do empowerment político
Henry A. Giroux

Para que Planejar??

Realizando o trabalho sobre o planejamento percebi com clareza algo que, na pressa do dia-a-dia acabamos deixando de lado,ou não nos damos conta, que é a sua importância, o seu sentido para a melhoria da educação.
Penso que de fato, se queremos melhorar a qualidade do nosso trabalho precisamos tomar cada vez mais consciência do sistema como um todo e da eficácia das nossas ações para manter o sistema que de certa forma exclui muitas pessoas do processo de ensino ou do poder que a educação, o nosso trabalho pode ter para transformar esta realidade.
Então, o planejamento nos ajuda a dar intencionalidade, organizar estratégias e avaliar melhor a construção do processo de aprendizagem.
Pra desenvolver o planejamento de maneira mais eficiente é necessário compreender como ocorre o processo em cada faixa etária, para que possamos utilizar materiais concretos, lúdicos adequados e também intervir quando necessário. Nós professores não temos o mero papel de transmitir conhecimentos, já que este ocorre por meio de interações, pela construção, mas temos o importante papel de mediadores e precisamos estar preparados para promover atividades diversificadas, interações significativas para que nosso alunos façam uma boa construção de aprendizagens.

A citação abaixo esta no texto: Planejamento: em busca de caminhos
Maria Bernadette Castro Rodrigues
"Planejamento é elaborar - decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo
de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de
ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma
série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado
final estabelecido; executar - agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar - revisar
sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos
documentos deles derivados"
(Gandin, 1985, p.22).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito?

Esta reflexão me levou a perceber a necessidade da valorização da nossa cultura que é muito rica e diversificada. Também, mudanças acontecem historicamente e por isso, faz-se necessário considerar a linguagem e os grupos sociais para que sua produção tenha mais significado e valorize a multiplicidade de discursos.
O grande desafio em nossas escolas, é o de perceber as necessidades de mudanças específicas, de acordo com a realidade, direcionando o olhar para atender a pluralidade cultural existente tanto na linguagem escrita quanto na linguagem oral de nosso povo.
Infelizmente, ainda não existe a valorização do vocabulário próprio de cada região, este olhar que atenda a pluralidade cultural.
Então, os alunos encontram muitas dificuldades para construção de significados da leitura e escrita (padronizada na escola), tendo em vista que, possuem seu jeito próprio de falar, construído no meio familiar e social em que vivem e também relativo a faixa etária de cada indivíduo. Penso que este fato seja um dos grandes motivos da repetência e evasão escolar.
"A partir dessa perspectiva, o trabalho escolar poderia abrir espaço para a multiplicidade de discursos, bem como abordar, relativizando, a ques­tão do "certo" e do "errado" em linguagem, conforme vêm postulando es­tudos linguísticos cujos efeitos de sentido ainda não foram mobilizadores de novas práticas pedagógicas. Pensemos no que se diz, cotidianamente, sobre o que significa falar, ler e escrever bem. A reflexão sobre o conceito de diferença (diferenças linguísticas) ainda precisaria ''amadurecer".
Citação do texto: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002)

Marcas pedagógicas

Durante a realização desta atividade percebi que estou num processo de mudanças, revendo conceitos, discurso e a minha prática pedagógica. E, fiquei feliz, pois nas várias tentativas que estou fazendo para inovar na construção do conhecimento, estou aprendendo muito, no curso, com meus alunos, colegas, tutoras e professores. E este processo com meus alunos esta aos poucos se tornado melhor, de mais qualidade, pois penso que já estou deixando as marcas de uma prática pedagógica que contribui para o desenvolvimento da autoestima, da autonomia, da cooperação e do respeito mútuo. Temos o grande desafio de incentivar, estimular, fazer com que os nossos alunos acreditem no poder de transformação da educação, mas para isso é necessário persistência e confiança na potencialidade de cada um. E,estou percebendo os desafios da educação como um processo social, de responsabilidade de todos, onde cada um precisa fazer a sua parte e estou empenhada em fazer o melhor, dar a minha contribuição, para que aconteçam as mudanças necessárias para a inclusão de todos, já que a educação e direito de todos.
Um dos textos que desncadeou esta reflexão foi "O Menininho de Helen Buckley e o fragamento do texto colocado na página da primeira atividade que a interdisciplina:

“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. " Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”.(...)
(Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124)