quarta-feira, 21 de novembro de 2007
A PRIORIDADE É A EDUCAÇÃO
Neste momento de minha vida me deparo com um problema que afeta a minha vida pessoal e também profissional e por isso, vou colocar alguns tópicos de uma atividade realizada na interdisciplina de ludicidade e que justificam a minha preocupação e decisão.
"Segundo a entrevistada Tânia Fortuna, as crianças sofrem a influência de uma sociedade extremamente capitalista onde as pessoas valorizar em demasia o “ter” e deixam para segundo plano o “ser”.
E, influência também na vontade das crianças de começar logo a trabalhar e quando começam a ter este retorno imediato perdem o interesse pelos estudos que nos dá uma expectativa de vida melhor, nos oferece outras possibilidades e oportunidades, porém a longo prazo.
A minha grande preocupação é que muitas crianças entre dez e quatorze anos estão trabalhando (para complementar a renda familiar), em atelier de calçados e já estão se cansando de estudar, não estão tendo um bom rendimento escolar e estão pensando em abandonar os estudos. Como meu filho tem colegas nesta situação também quer trabalhar. Até aqui tudo bem. Lamento que tantas crianças estejam nesta situação, mas farei por eles o que estiver ao meu alcance para que não desistam dos estudos. Eu decidi que é muito cedo para que meu filho comece a trabalhar,pois, acredito, que lugar de criança é na escola e que devem ter a oportunidade de ser criança, brincar. Não quero interromper esta etapa tão preciosa de sua vida. E, afinal, penso também que os pais deveríam ter o "bom senso" de escolher o que é melhor para seus filhos. Sei que esta decisão o deixará frustrado, mas precisamos aprender desde cedo a lidar com estas frustrações, pois, nem tudo na vida sai como a gente planeja ou quer.
Então, penso que não temos o direito de privar nossas crianças de brincar, seja na escola, ou na família. Pois, é através do brincar que a criança constrói a sua personalidade.
Piaget diz: “para a criança seu trabalho é o brinquedo”. Jamais esquecemos pessoas (professores), que nos ensinam de maneira divertida, isso desperta o nosso interesse e nos envolve inteiramente no que está sendo desenvolvido, aguçando a nossa curiosidade. Segundo Tânia Fortuna o 'brincar” nos conecta ao mundo de maneira colorida e muito divertida. É como encontrar-se consigo mesmo e com o mundo, nos fazendo sentir-se sujeitos e ajudando no desenvolvimento pleno do ser humano Por isso, a atividade lúdica é experiência tão significativa. É através do lúdico que se aprende com prazer, com alegria e por isso, nos leva a querer fazer cada vez mais descobertas. As pessoas sentem necessidade de interação com o grupo e as crianças em especial aprendem interagindo com o ambiente, com os outros e o lúdico ou os jogos e as brincadeiras, proporcionam esta integração.
Já estou tendo influências de aprendizagens que estão se processando ao longo do curso e por isso, resolvi fazer esta postagem. Estou pensando em atividades que possam envolver meu filho o ano que vem, como por exemplo, fazer parte do grupo de teatro, dança, futebol ou outra que tiver interesse.
Tânia fortuna faz algumas considerações importantes sobre o brincar na vida adulta e esta é para nós e para nossa crianças, quando chegar o momento:
Tânia Fortuna afirma que: “Quando crescemos o nosso brinquedo é o trabalho”. Na verdade, o brinquedo não pode, nem deve acabar quando acaba a infância, o que precisa acontecer é uma “metamorfose” no brincar. As pessoas precisam sentir-se sujeitos e parte do grupo mesmo depois de adultos. Então, cada vez que observamos uma criança brincar por exemplo, percebemos que, a brincadeira, continua fazendo parte de nossas vidas a capacidade de trabalhar com alegria, criar mundos que ainda não existe, é característica do brincar na vida do adulto e isso nos faz rir, estar de bom humor, de bem com a vida.
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