terça-feira, 8 de setembro de 2009

Fala-se/escreve-se/lê-se sempre do mesmo jeito?

Esta reflexão me levou a perceber a necessidade da valorização da nossa cultura que é muito rica e diversificada. Também, mudanças acontecem historicamente e por isso, faz-se necessário considerar a linguagem e os grupos sociais para que sua produção tenha mais significado e valorize a multiplicidade de discursos.
O grande desafio em nossas escolas, é o de perceber as necessidades de mudanças específicas, de acordo com a realidade, direcionando o olhar para atender a pluralidade cultural existente tanto na linguagem escrita quanto na linguagem oral de nosso povo.
Infelizmente, ainda não existe a valorização do vocabulário próprio de cada região, este olhar que atenda a pluralidade cultural.
Então, os alunos encontram muitas dificuldades para construção de significados da leitura e escrita (padronizada na escola), tendo em vista que, possuem seu jeito próprio de falar, construído no meio familiar e social em que vivem e também relativo a faixa etária de cada indivíduo. Penso que este fato seja um dos grandes motivos da repetência e evasão escolar.
"A partir dessa perspectiva, o trabalho escolar poderia abrir espaço para a multiplicidade de discursos, bem como abordar, relativizando, a ques­tão do "certo" e do "errado" em linguagem, conforme vêm postulando es­tudos linguísticos cujos efeitos de sentido ainda não foram mobilizadores de novas práticas pedagógicas. Pensemos no que se diz, cotidianamente, sobre o que significa falar, ler e escrever bem. A reflexão sobre o conceito de diferença (diferenças linguísticas) ainda precisaria ''amadurecer".
Citação do texto: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002)

Um comentário:

Simone Bicca Charczuk disse...

Oi Márcia, essa postagem está tomando corpo legal, pois abordas as diferenças entre a linguagem falada e a escrita, apontando as dificuldades da escola em trabalhar com essas diferenças. Abração, Sibicca